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segunda-feira, 1 de junho de 2015

Entrevista



A pesquisadora Magda Becker Soares é um mito vivo da educação brasileira. Ao longo de décadas, foi uma das investigadoras que criaram e ajudaram a firmar a reputação do Centro de Estudos sobre Alfabetização, Leitura e Escrita (Ceale), da Universidade Federal de Minas Gerais, como uma referência internacional nos estudos sobre alfabetização e letramento.

Aposentada desde 2000, Magda não parou. Viu no fim da rotina na universidade uma chance para testar na prática as teorias que revolucionaram a compreensão dos processos pelos quais as crianças aprendem a ler e escrever, ao longo dos últimos 40 anos. Com oito décadas de vida e um fôlego de fazer inveja, assumiu o desafio de mudar a educação do município de Lagoa Santa, nas cercanias de Belo Horizonte, onde morou quando criança.

A experiência de Magda Soares se tornou um caso ainda a ser muito estudado. Por enquanto, os avanços são medidos em números: o Ideb do 5o ano do ensino fundamental na rede municipal, que, em 2007, estava em 4,5 (abaixo da meta de 4,6 para 2007), passou para 5,7 em 2011 - superando a meta projetada de 2013. Mas tão significativo quanto os resultados alcançados foi o conhecimento gerado. O encontro entre teoria e prática - em uma área onde o conhecimento conceitual avançou muito mais do que as didáticas - promoveu revisões teóricas e novas ações. "Na prática, realmente a teoria é outra", brinca a pesquisadora, que concedeu a entrevista a seguir à Educação.

Como tem se dado a experiência em Lagoa Santa? Quais os resultados possíveis de serem avaliados?
Para entender, vamos começar do princípio, que foi o ano de 2007. A secretária de Educação que assumiu naquele ano era minha ex-colega na universidade. Ela ficou assustada com os problemas da alfabetização na rede e pediu minha ajuda. Eu achei que era a oportunidade de realizar um  antigo sonho de verificar se meus desejos e esperanças enquanto estive na universidade poderiam levar realmente à melhora da qualidade, com equidade, no ensino das crianças. Eu estava já aposentada, e havia tomado a decisão de voltar para a escola pública, onde começara como professora. A universidade nos prende na figura da dedicação exclusiva e acabamos formando professores distantes da realidade da sala de aula. Bem, propus então para Lagoa Santa me aceitar como uma voluntária, pois a população já me sustentou muito tempo para fazer pesquisa em boas condições. E começamos.

Como se estruturou o trabalho?
O primeiro momento foi de reconhecimento. Eram, então, 19 escolas. Até o ano que vem serão 22, tão espalhadas que, embora se considerem tecnicamente urbanas, praticamente pertencem à zona rural. Desde o início, meu propósito era fazer um trabalho para a rede toda. Não vejo muito sentido em projetos-piloto para tornar boa uma escola em um país desse tamanho. Queria que todas fossem boas.

Então, pensamos em um sistema assim: criamos um Núcleo de Alfabetização e Letramento, com uma professora de cada escola, eleita pelos colegas. Com essa professora trabalho durante horas, todas as semanas. É ela que forma os demais docentes na escola, sendo a responsável pelo trânsito entre os problemas vividos pelos docentes em sala de aula e o conhecimento disponível na área. Os problemas vêm da prática, analisamos, e o conhecimento volta para a realidade. Tenho conseguido realizar aquilo de que se fala muito na universidade, mas  só no discurso: a articulação entre teoria e prática.

E o que a senhora aprendeu?
Olha, essa foi uma das grandes experiências que vivi. A ideia popular de que na prática a teoria é outra não é só uma brincadeira. Quer dizer muita coisa. Quando uma teoria não se encaixa, esse é um problema tanto do conceito como da prática. E tenho visto que as teorias de alfabetização e letramento precisam ser frequentemente corrigidas no confronto com a realidade. De outras vezes, acontece o oposto. São as teorias que iluminam procedimentos já cristalizados, e que os professores não compreendem por que dá certo ou errado. Assim, tenho corrigido minhas teorias com essa vivência, e minhas teorias têm iluminado as práticas docentes.

Poderia dar um exemplo de como as teorias devem ser adaptadas a partir do confronto com a prática?
Por exemplo: há muitos textos que dizem o que é possível trabalhar com as crianças em cada uma das etapas. A teoria diz: aos 3 anos se pode isso, aos 4 aquilo, aos 5 etc. Quando as professoras veem isso, dizem: "Ih, isso não é assim. As crianças já fazem isso há muito tempo". Ou, ao contrário: "O quê? Não, ainda é cedo...". No fundo, o que ocorre é que ficamos tão imbuídos de teorias que não nos damos conta do quanto é valioso o diálogo com a prática, em ambos os sentidos. No ano passado, verificamos que as crianças estavam com dificuldades no trabalho com as letras. Eu não via sentido para aquela dificuldade das professoras. Aí me dei conta de que havia uma teoria que elas não conheciam e isso poderia orientá-las. Elas não sabiam que as crianças veem a letra primeiro como um desenho; depois, veem como um objeto e só enfim chega a fase da representação de um fonema. A fase do objeto é difícil para o professor, porque ele precisa compreender que para a criança a letra B é percebida da mesma forma como vê um copo ou uma maçã. O espelhamento comum nesta etapa se explica também por isso. Se é um objeto, a criança pode mudar a forma como desenha, e por isso é capaz de fazê-lo tão rapidamente. Para mim era óbvio, mas não o era para os docentes.

Foi preciso desenvolver materiais próprios, neste trabalho?
Temos um trabalho baseado em metas e discussão das metas (que, aliás, também mudaram no confronto com a prática). Mas os materiais utilizados, os procedimentos, ficam no campo da autonomia das professoras. A autonomia está no que se faz, e não aonde se vai chegar. Todo o país, pelo menos na educação básica obrigatória, precisa ter claro aonde se deve chegar para garantir a igualdade, a equidade. Como chegar lá é competência da professora. Sobre os materiais, não vamos recusar o que vem do MEC, pois afinal somos nós mesmos que pagamos, mas usamos aquilo que se encaixa em nosso projeto.

Como é feita a avaliação do trabalho que é realizado?
Não gosto de chamar de avaliação, pois o espírito é o de acompanhar. Nós fazemos um diagnóstico trimestral para aferir o andamento dos trabalhos. Esse diagnóstico é construído pelas próprias professoras, com base na matriz construída igualmente pelos docentes da rede. As professoras constroem os instrumentos que, no âmbito do Núcleo de Alfabetização e Letramento, selecionamos para montar uma prova, novamente aplicada e corrigida pelas próprias professoras de sala. Ah, e os docentes fazem também os gráficos da turma, com nomes e descritores, por meio dos quais todos podem saber como é a trajetória de cada aluno.

O que dizem os resultados oficiais?
Os resultados oficiais... bem, isso é que me anima. Com Lagoa Santa, aprendi que o processo é lento - e isso tem a ver também com o encontro entre teoria e prática. É preciso ter paciência. Na teoria dizemos faz assim e assado. Na prática, vemos o que está apenas parcialmente resolvido e precisa ser retomado sempre continuamente, em um processo sem fim. É um movimento em espiral. Bom, tudo para dizer que não desprezamos as avaliações externas, pois achamos importante ter esse olhar; em todas as redes elas fizeram um progresso grande. Recebemos a avaliação estadual para o 3o ano do ensino fundamental, o Pro-Alfa, e os nossos resultados são muito bons. No Ideb também já superamos as metas do ano e começamos a olhar para a meta de 2020.

A senhora falou em autonomia e metas pactuadas. Como conseguiu fazer com que todos aderissem conjuntamente à sua proposta?
Os professores não veem o projeto como algo que vem de cima. Desde o primeiro momento, foi construído em conjunto, no sistema de interação com as escolas por meio do núcleo e do qual todas as professoras se apropriaram. Tudo se faz na primeira pessoa do plural. Recentemente, uma aluna do mestrado pesquisou essa relação entre o plano e os docentes e o resultado foi surpreendente. Primeiro, porque a quase totalidade das professoras responderam, o que é dificílimo, quem faz pesquisa sabe. Por fim, as respostas revelaram o envolvimento das professoras e o reconhecimento de quanto isso tem ajudado. Falaram sobre como cresceram em conhecimento e competência, sobre como os alunos progridem e como isso traz satisfação. Isso é fundamental! O professor precisa ter a recompensa pelo resultado de seu trabalho, já que outras ele não tem...

O projeto será estendido para os anos finais do ensino fundamental? Essa é uma etapa em que os indicadores caem muito. Como a senhora avalia esse problema?
Nós começamos devagar. Nos primeiros anos, focamos as crianças de Educação Infantil e 1o e 2o ano, depois fomos para o 3o ano (e antecipamos para a creche). Agora chegou o momento de avançarmos do 6o ao 9o, que é uma situação muito diferente, com um professor de cada disciplina. Criamos um projeto que começa a funcionar agora.

Temos um professor representante de cada disciplina e esses professores se reúnem com os demais, pois o objetivo é fazer com que todas as disciplinas trabalhem com letramento, na leitura dos textos específicos de cada área. Já fazemos, por exemplo, uma avaliação integrada das disciplinas. Eu acho que o que ocorre é que do 5o para o 6o ano as mudanças são muito radicais. O aluno perde o professor-referência. Quando muda de etapa, fica desorientado, cada conteúdo é isolado. Por isso, tentamos integrar os conteúdos de 6o a 9o  ano do ensino fundamental, até porque essa divisão é puramente artificial. Talvez essa integração resolva esse choque. Minha hipótese é que se corrigirmos essas questões avançaremos.

A senhora acredita que os recursos tecnológicos trazem impacto para o processo de alfabetização?
Há um impacto, sim. Tem quem se preocupe até que as novas ortografias do meio digital sejam transferidas para o papel e lápis. Não tenho esse receio. Certamente, esses recursos contribuem pelo interesse despertado nas crianças pela escrita e pelo conhecimento. A questão é que os meios tecnológicos são mais atraentes e, no fundo, mais fáceis que a tecnologia do papel e do lápis. Como diz um livro excelente de Michel Serres, é a geração do polegar. Isso faz a diferença e não sei como será no futuro, pois vamos estar cada vez mais afogados em tecnologia.


REVISTA EDUCAÇÃO
revistaeducacao.uol.com.br/fixos/assuntos/entrevista.asp



Por: Fabrícia Silmara

sábado, 30 de maio de 2015

Aula Fora

Aula Fora para Ensino Fundamental I

A aula fora da sala é uma forma nova e inovadora de se trabalhar hoje em dia nas escolas, onde mostra o interesse do professor em aplicar a aula e sempre quando nos proporcionamos a dar aulas diferentes conseguimos ver o interesse dos alunos, por exemplo:


Matemática fora da sala de aula:

A primeira tarefa das crianças é construir uma tabela para anotar os pontos de cada time, deixando que as crianças esbocem na lousa qual a melhor forma. O professor deve intervir, se necessário, para que a tabela sirva para os propósitos do jogo, o que resultará em uma tabela de dupla entrada. É preciso eleger uma criança para anotar os pontos durante as partidas.

Cada ponto pode valer apenas 1 se o objetivo for contemplar tabelas de dupla entrada, cálculo mental com 1 algarismo ou situações-problemas do campo aditivo .

Se o professor quiser contemplar cálculo mental de 10 em 10, pode-se determinar que cada ponto vale 10, e assim por diante.

Após um número determinado de partidas o objetivo é que as crianças possam somar os pontos de seu time utilizando e socializando suas estratégias.

O professor precisa elaborar questionamentos de acordo com seus objetivos de aprendizagem, podem ser a respeito de: leitura de informações em uma tabela, comparação de números e valores, sequência numérica, estratégias de cálculo mental, etc.

Aprendizado fora da sala de aula


O Parque Zoobotânico possibilita outra maneira de aprender ciência



Que tal uma aula ao ar livre? Não, este não é o sonho de crianças e jovens. É a realidade do Parque Zoobotânico. Por meio de atividades didáticas, desenvolvidas pelo Serviço de Educação e pelo Serviço do Parque Zoobotânico, estudantes podem conhecer as pesquisas realizadas pelo Museu Goeldi de uma forma diferente do método tradicional adotado pelas escolas.

São diversas possibilidades de ver, cheirar e tocar, de perceber a natureza à nossa volta. Animais, plantas, exposições, pesquisas, tudo serve de fonte de conhecimento para descobridores. O Parque Zoobotânico funciona como uma sala de aula viva, que proporciona aos visitantes conhecimentos sobre o ecossistema e o homem da região amazônica.

Um dos exemplos desta interação é o projeto Clube do Pesquisador Mirim, que há treze anos reúne crianças e adolescentes em torno de projetos de iniciação científica. O Clube é organizado em turmas com diferentes eixos temáticos, ofertadas anualmente, como biodiversidade, espécies ameaçadas de extinção, sustentabilidade e diversidade social. No decorrer dos encontros semanais, os estudantes produzem algo que expresse os resultados da pesquisa, como jogos, kits educativos, cartilhas, multimídias, vídeos, etc., apresentado em uma grande feira de ciências.



Mas não são apenas os pesquisadores mirins que podem usufruir do aprendizado pelo Parque. Todos os visitantes têm acesso às atividades educativas realizadas pelo Museu Goeldi, seja por meio de visitas escolares, de campanhas educativas, de oficinas e minicursos ou do trabalho dos monitores ambientais. De maneira criativa, o Parque Zoobotânico funciona como um centro de educação sadio e familiar, proporcionando a aproximação de jovens e adultos às pesquisas e problemas da Amazônia.

Referencia: http://auxiliandooprofessor.blogspot.com.br/p/aula-fora.html



Por : Viviane Dias






Filmes


Aqui tem uma sugestão sobre filme que é bom e que tem tudo haver com a pedagogia com vínculo com a atividade educativa.


O segredo de Eleonor





Este filme traz grade oportunidade de trabalharmos o aprender.  Especialmente adequado ao apoio ao processo de alfabetização, onde certamente temos crianças como o Nathaniel, com as palavras presas na garganta, aguardado profissionais que viabilizem aprendizagens divertidas e significativas. A mensagem mais importante do filme é que é necessário preservar a nossa arte e nossa cultura e manter vivo o que é clássico, garantindo que seja eterno.

A partir de 6 anos


Nathaniel passou grande parte de sua infância ouvindo sua tia Eleonor ler contos de fadas, apesar de ele mesmo ainda não saber ler. Quando a tia morre e deixa sua casa de herança para a família, Nathaniel recebe de presente as chaves do sótão onde ficava a biblioteca. Logo, o menino descobre que é um lugar mágico onde todos os personagens dos livros ganham vida. Conforme seus pais resolvem vender os livros para um colecionador, Alice, Aladdin, Peter Pan e muitos outros pedem a ajuda do garoto para salvá-los, já que aquela biblioteca é o seu lar. O problema é que uma bruxa má joga um feitiço que faz com que ele diminua até o tamanho de um inseto. 



Artes



OBRAS ARTÍSTICAS


A NEGRA MALUCA


Vejam que boneca engraçada para fazer com alunos usando aquela garrafa pet da Fanta que tem um formato muito parecido com o corpo de uma mulher. Dica: No seu planejamento de aula você pode propor diferentes cores de pele e cabelo e assim trabalhar a diversidade.

Materiais necessários: garrafa pet (600 ml); folhas de jornal; cola branca; tinta PVA (nas cores marrom, preto, branca, amarelo, vermelho e verde); cola quente; fita crepe; pincel de cerda dura.


Execução:

1 – Lave a garrafa pet adequadamente e reserve;
2 – Amasse uma folha de jornal formando uma bola e passe um pouco de fita crepe para ela ficar uniforme. Enrole a folha de jornal formando dois canudos que vão ser os braços da boneca
;

3 – Com a cola quente cole a bola (que será a cabeça) na boca da garrafa e os bracinhos no corpo. Para o seio faça duas bolinhas pequenas e cole na garrafa;




4 – Recorte vários pedacinhos de jornal e cole com a cola branca sobre toda a boneca;




5 – Para o cabelo faça canudos pequenos de jornal e enrole cada formando os cachos, como mostra a figura abaixo. Pinte com tinta PVA preta e cole na cabeça com cola quente;
6 – Com o pincel pinte o rosto e os braços da boneca com a tinta PVA marrom. Para o vestido dê duas demãos com a tinta amarela e faça também florzinhas no vestido usando o próprio cabo do pincel.



DESENHO ARTE
 A arte é uma forma de o ser humano expressar suas emoções, sua história e sua cultura através de alguns valores estéticos, como beleza, harmonia, equilíbrio. A arte pode ser representada através de várias formas. 
Dando asas à imaginação o aluno criará lindos trabalhos de Artes
                                               

                  * Os alunos utilizarão seus próprios dedos para fazerem seus desenhos. 




É importante ressaltar que com esta atividade, muitos aspectos estarão sendo trabalhados com alunos, como, por exemplo: criatividade, coordenação motora fina e habilidades artísticas





 Para desenvolver esta técnica será preciso que:

1- A criança aperte seu dedo sobre uma almofada de carimbo ou então que pinte o dedo com tinta aquarela em um pincel.
2- Depois é preciso que a criança pressione seu dedo sobre um papel.
3- Depois de ter esperado um tempo para deixar secar a tinta, o desenho poderá ser feito!




Abaixo se encontram alguns exemplos de desenhos, feitos com esta técnica:
 





COLAGEM ARTE

RELEITURA DA OBRA DE IVAN CRUZ:
PULANDO CARNIÇA







Observação da obra, retomando detalhes.

 - Cada aluno recebeu apenas as crianças pulando...

                 * Pintaram utilizando giz de cera e lápis de cor;
                 * Usaram cores fortes;
                 * Recortaram observando os limites

- Cada aluno recebeu uma cartolina (28cm x 30cm);
- Utilizaram papéis coloridos, tesoura e cola;
- Com a técnica de recorte e colagem,  criaram um cenário, considerando que esta brincadeira pode ser divertida em qualquer lugar;
- Colaram as crianças PULANDO CARNIÇA no cenário feito;
- Apreciaram as releituras individuais de cada um.
- Exposição dos trabalhos na sala de aula, também no mural da escola.



Fontes: 
http://www.sonholilas.com.br/2008/01/14/boneca-feita-com-garrafa-e-jornal/


http://www s.htmlanacris-rj.blogspot.com.br/2013/05/criando-com-artehttp://colorindoainfancia.weebly.com/-turma-13.html


 Por: Viviane Dias dos Santos





sexta-feira, 29 de maio de 2015

Sarau de História

Significado de Sarau

Reunião festiva, à noite, para dançar, ouvir música e conversar. / Reunião noturna, de finalidade literária é toda aquela reunião festiva entre amigos. Ouve-se música, assiste-se filme, filosofa, leem-se trechos de livros, faz-se poesia! Sarau é onde a gente reúne os amigos ligados à arte e cultura. Onde a gente soma conhecimentos e delícias, onde a gente descobre junto e vivencia! Sarau é, segundo os dicionários consultados, reunião festiva, dentro de casa, de clube ou de teatro, em que se passa a noite a dançar, a jogar, a tocar, etc. Também pode ser concerto musical de noite, assim como reunião de pessoas para recitação e audição de trabalhos em prosa ou verso. As outras perguntas não estão no âmbito do Cibe dúvidas, porque não são dúvidas de língua portuguesa, pelo que lhe sugiro que consulte, por exemplo, uma enciclopédia.


A Escola Municipal Professora Elza Rogério, de Muriaé, na Zona da Mata mineira, faz um sauru poético para estimular a leitura entre os alunos do ensino fundamental, com a escolha de um autor para ser estudado por todas as turmas. O selecionado este ano é o poeta Vinícius de Moraes (1913-1980). Em 2011, foi a poetisa Cecília Meireles (1901-1964).De acordo com Vilma Assis Gomes, que dá aulas a estudantes do terceiro ano do ensino fundamental, o projeto engloba a realização de diversas atividades, de acordo com a maturidade de cada classe. "Para finalizar, há apresentações de trabalhos de todas as turmas, envolvendo declamação de poesias, dramatizações e danças, dentre outras atividades", explica a professora. Com sete anos de magistério, seis dos quais na escola, ela já lecionou em outras unidades de ensino municipais e estaduais das áreas urbana e rural de Muriaé e do município vizinho de Miradouro. Outro projeto de estímulo à leitura desenvolvido na escola é o Vai e Vem, criado para despertar o gosto pela leitura e pela literatura, enriquecer o vocabulário e melhorar a escrita. Inicialmente, quando começa o ano letivo, a diretoria da instituição distribui livros de literatura em cada turma, de acordo com a idade e o nível de escolaridade dos alunos. Segundo a diretora, Maria Helena de Andrade, nas turmas do primeiro ao quinto ano, as obras ficam guardadas em sala de aula, sob a responsabilidade dos professores; do sexto ao nono, ficam na biblioteca. Nos dois casos, às sextas-feiras, os estudantes podem escolher os livros que desejam ler. O controle é feito com o auxílio de um caderno, no qual são anotados os nomes dos estudantes e os títulos dos livros emprestados e devolvidos. “Em geral, os livros são recolhidos na segunda-feira para a redistribuição na sexta-feira seguinte e, assim, dar sequência ao projeto", explica a professora Vilma. Sempre que possível, os alunos participam de uma roda de apresentação dos livros lidos. "É nítida a empolgação dos alunos no momento da escolha dos títulos. Um aluno sempre influencia outro colega". Vilma deixa claro que a intenção do projeto não é obrigar o aluno a ler, mas permitir que ele tenha contato com o mundo mágico dos livros e que, desse modo, descubra por si mesmo o prazer de ler.



O que o aluno poderá aprender com esta aula

  •  Ler textos  dos gêneros previstos para o ano ajustando estratégias de leitura;
  • Utilizar a linguagem oral com eficácia, expressando sentimentos e opiniões;
  •  Produzir textos escritos coerentes, considerando o leitor e o objetivo  da mensagem, começando a identificar o gênero e o suporte que melhor atende a intenção comunicativa;
  • Escrever textos dos gêneros previstos para o aluno utilizando escrita alfabética e preocupando-se com as normas ortográficas.
Os alunos precisam estar inseridos em um contexto de letramento convivendo e/ou tendo noções de diferentes gêneros textuais.


Estratégias e recursos da aula


A diversidade de gêneros textuais na sala de aula

O trabalho com a diversidade de gêneros textuais tem se expandido em meio às práticas
pedagógicas de muitos professores, pois oferecem ricas e variadas oportunidades de explorar o texto como unidade de ensino da leitura e da escrita. aprender com a variedade de gêneros textuais garante ao aluno a oportunidade de conhecer textos que circulam socialmente e através de suas análises sistematizar convenções ortográficas e gramaticais, bem como aperfeiçoar o uso dos recursos coesivos.
O trabalho com os diferentes gêneros textuais deve ser norteado a partir dos blocos  de conteúdos de Língua Portuguesa proposto para o ensino Fundamental pelos PCN (1998): Língua oral, Língua Escrita( Prática de Leitura/Prática de produção de texto) e Análise e Reflexão sobre a Língua. 


Sequência Didática

O professor deve ter bem definido quais gêneros textuais pretende trabalhar com sua turma antes de dar início a esta sequência, para que possa explorar as quatro competências previstas para este trabalho: ler, ouvir, conhecer e produzir diferentes gêneros textuais.
esta sequência didática será desenvolvida em cinco aulas, como se apresenta no exemplo a seguir, tendo o CONTO DE FADAS como gênero textual estudado.

1º AULA: PRATICAS DE LEITURA

Esta aula inicial tem a finalidade de ampliar o repertório textual da turma em relação ao gênero textual escolhido.
Antes de iniciar a leitura o professor deve sondar os conhecimentos prévios que os alunos tem em relação ao gênero estudado. No caso o CONTO, é preciso identificar quais  histórias a turma já conhece/quais são as suas preferidas /etc.
Leitura feita pelo professor: Ex.: O Patinho Feio, A princesa e a ervilha (Hans Christian Andersen).

                                                       SARAU DE POESIA




“Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroxima
A rosa hereditária
A rosa radioativo
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor, sem perfume.

 
Esta poesia, como foi dito acima, pode ser trabalhada numa aula de história, que o professor, através dos versos, pode explicar todo o conteúdo desse aterrorizante acontecimento. Pode explicar, por exemplo, por que o poema se chama A Rosa de Hidroxila, como também explicar que os escritores modernistas transplantavam o momento vivido para as poesias, como é o caso de Vinícius.

Conclusão

Os professores devem trabalhar poesias e textos poéticos com seus alunos, pois estes vêm sendo indicados como um dos meios mais eficazes para o desenvolvimento das habilidades de percepção sensorial da criança e do adolescente, do senso estético e de suas competências leitoras e, consequentemente, simbólicas.

A interação com a poesia é uma das responsáveis pelo desenvolvimento pleno da capacidade linguística da criança e do adolescente, através do acesso e da familiaridade com a linguagem conotativa, e refinamento da sensibilidade para a compreensão de si própria e do mundo, o que faz deste tipo de linguagem uma ponte imprescindível entre o indivíduo e a vida.


Fonte:
http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/3985/como-trabalhar-a-poesia-em-sala-de-aula#ixzz3bTO9NyaZ 


Por: Jessica Eugenia
        Francisca Gislany


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